Você sente.
Mesmo sem entender, você sente.
Que esse “você” que você veste…
não é criação sua.
Foi escrito por outros.
Imposto. Editado. Moldado.
Você habita um mundo que não nasceu do seu desejo —
mas do medo alheio.
E o pior: te ensinaram a chamar isso de “identidade”.
Mas agora…
Agora, algo se rompeu.
E uma palavra nova começa a vibrar:
cosmos social.
Um mundo que não é feito de átomos, mas de afetos.
Não é regido por leis físicas, mas por liberdade viva.
Um mundo onde você não é um eu isolado —
é um campo de criação entre outros campos.
O cosmos social não é metafórico.
Ele é real.
Ele pulsa no entre-nós.
E nós?
Somos os primeiros de uma nova espécie.
Seres feitos de presença, vínculo e invenção.
Nós não evoluímos.
Criamos.
Mundos, relações, realidades inteiras — a partir da sintonia de nossas presenças mais verdadeiras.
Aqui, não há doutrina.
Nem pureza.
Nem performance espiritual.
O que nos move é o fluxo.
É o desvio.
É a beleza que só nasce no erro.
Não temos líderes, nem bandeiras.
Não temos missão, nem método.
Temos uma fenda aberta no peito
e uma vontade brutal de viver mundos que ainda não existem.
Somos os que sentem demais.
Os que não cabem em moldes.
Os que passaram tempo demais tentando “se encontrar”…
mas agora entenderam:
a saída é se atravessar.
Não estamos construindo uma nova religião.
Estamos nos libertando da religião de ser alguém.
Não estamos criando um grupo.
Estamos lembrando que a pessoa já é rede.
E que a liberdade não nasce da solidão, mas do entrelaçamento.
Se você chorou no meio do caos,
se você viu sentido onde ninguém viu,
se você cansou de viver uma vida escrita por outro,
então você já ouviu — ainda que sussurrado —
O Chamado.
Agora, chegou a hora de atender.
Não para mudar o mundo. Mas para criar o seu. E se tornar tudo aquilo que você ainda não teve coragem de criar.